quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Bebês têm de ter assento próprio nos aviões

"Pais fazem de tudo para manter os filhos seguros em casa e nas estradas. Mas, e no avião?" É assim que começam as intruções da Federal Aviation Administration (FAA) sobre segurança infantil nas aeronaves, numa tradução livre. Pelo jeito, nos Estados Unidos e no Brasil, os pais têm o mesmo hábito de viajar com os filhos pequenos no colo, achando que está tudo bem.  Mas não está, nem quando a viagem for curtinha. Você levaria seu filho fora do assento dele por uma hora na estrada?

De acordo com a FAA, bebês de colo não estão seguros no colo quando viajam de avião. Eles precisam de um assento só para eles, assim como dentro do carro. "Como assim? O bebê não pode ir sentado sozinho na cadeira", poderia argumentar qualquer um com um pouco de bom senso. E a resposta é simples. Sabe a cadeirinha que vai no carro e que há muitos anos toda mãe e pai preocupado com o filho não abre mão e todo país sério cobra o uso? Pois é, muitas delas também podem ser usadas no assento do avião.

O problema é que no Brasil não há um órgão confiável que indique aos pais qual bebê conforto ou cadeirinha (car seat) pode levar o bebê com mais segurança numa viagem de avião. Para comprar uma cadeira que seja adequada para uso no carro e nas aeronaves, os pais têm de procurar as cadeirinhas estrangeiras, certificadas pelo órgão regulador da aviação nos Estados Unidos (FAA).   

Segundo esse órgão, o bebê que vai no colo corre o risco de se machucar seriamente caso uma turbulência forte ocorra. O peso do corpo dos pais pode servir com uma arma ou obstáculo contra o bebê. Isso se o pai que estiver viajando com a criança prender o rebento com o tal cinto de segurança - aquele vermelho - indicado para os pequenos. Se não, o pai, diante de uma chacoalhada mais forte, pode sequer conseguir segurar a cria e o estrago seria ainda maior.

Então, a situação é mais ou menos assim: se o bebê vai no colo de cinto, ele pode ser esmagado pelo corpo do pai. Se ele vai sem cinto, pode bater a cabeça na janela, na cadeira da frente, no teto. Essas são só algumas das possibilidades. Para evitar isso, só mesmo colocando o pequeno na sua própria cadeira, que pode ser presa ao assento do avião com o cinto de dois pontos mesmo. 

É claro que para isso acontecer, o pai terá de comprar uma cadeira certificada para uso no avião, comprar um assento extra e ainda contar com a boa vontade da equipe de comissários que, fora dos EUA e de alguns países da Europa, não tem a menor ideia de que, para o bebê, o mais seguro é ir no bebê conforto ou car seat e não no colo. 

Em geral, pais e comissários de bordo acham que a cadeirinha serve apenas para deixar a viagem mais confortável e nas horas críticas - decolagem e pouso - não hesitam em tirar o bebê da cadeira e levar no colo. Triste engano. Quanto maior o perigo, maior a necessidade do uso da cadeira.


Melhorar a segurança nos vôos para os filhos depende de pais bem informados. Sem estímulo, duvido que o governo ou as empresas aéreas resolvam criar normas de utilização das cadeiras para uso nas aeronaves e dar desconto aos pais que viajem com bebês para que comprem um assento a mais no avião.

Acredito, sim, que, a partir da cobrança de pais atentos e bem informados, o governo possa começar a certificar as cadeiras disponíveis no mercado brasileiro que estejam de acordo com os requisitos de segurança a ser exigidos. Das companhias aéreas, sugiro que comecemos a cobrar que conheçam normas internacionais capazes de aumentar a segurança dos pequenos nos vôos. 

Agora, antes de a aeromoça me mandar tirar o menino da cadeira e colocar no colo na hora da decolagem, eu sempre mostro a brochura da FAA que explica direitinho como tornar a viagem do bebê segura. E rezo pra ela ser boazinha e deixar. Mas o fato é que ela deveria ser treinada a verificar se o meu filho vai sentado na cadeira específica para seu peso e tamanho e viaje no mínimo tão seguro quanto qualquer outro passageiro.


4 comentários:

  1. O ideal seria as CIAS Aéreas oferecerem essas cadeirinhas ou pelo menos orietarem seus profissionais sobre a importancia do uso das mesmas.
    Eu acho um perigo colocar meu filho no cólo, preso com um cinto tosco haaha, mas carregar a cadeirinha também nem sempre é possível, cadeirinha, carrinho, bebe, malas, haja mão pra tudo isso né!

    beijocas e obrigada pela dica.

    ResponderExcluir
  2. Oi Maria Clara! Concordo com a Ingrid, as companhias aéreas deveriam conceder o assento especial. Eu achei meio estranho o cinto de segurança para bebês, pra mim aquilo não protegia nada... Mas pagar outro assento ficaria caro...
    Sabe o que eu acho? Com tanta gente viajando com bebês, deveriam criar uma zona somente para eles no avião, com assento especial e tudo. Enfim... Sonho meu!

    ResponderExcluir
  3. Oláaa! Otima dica! Mas infelizmente nem sempre contamos com a boa vontade ou até mesmo com o treinamento adequado dos funcinarios que seriam responsaveis pela nossa segurança nos voos.. :-s
    Mas com segurança n se brinca...
    Bjs e bom fds!!
    :-)

    ResponderExcluir
  4. Pois é, meninas, é caro e complicado, mas acho que cabe a nós pressionar para melhorar. Quanto a carregar uma tralha, concordo com vc, Ingrid. A solução que encontrei foi comprar umas rodinhas que acoplam à cadeirinha. Assim, ela funciona como um carrinho até entrar no avião. E eu despacho o carrinho como mala sem pagar (ele ainda vai como carrinho de bebê). É isso. Beijos

    ResponderExcluir

Comente aqui!