quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Viajando com o bebê

A maioria dos pais prefere esperar até os filhos crescerem um pouquinho - dois, três anos - para viajar. Acham muito trabalhoso. Para nós, viajar simplesmente faz parte da nossa vida. Bebês dão trabalho de qualquer jeito. Na minha opinião, sair um pouco da rotina, respeitando os horários do bebê (hora de dormir, de comer, de cochilar), só contribui para uma família mais feliz.

Aprendemos na prática algumas coisinhas em nossas viagens com o bebê e percebemos que é possível, sim, levar o pequeno e ainda aproveitar as férias! Basta disposição e atenção a alguns detalhes.

Desde os dois meses de vida, viajamos com João. A primeira viagem, curtinha e de carro, foi entre Brasília e Goiânia. Depois, só de avião. Voamos para a Bahia. Viemos para Jacarta e, semana passada, fomos a Bali.

As duas experiências - carro e avião - são bem diferentes. De carro, é mais fácil controlar o tempo gasto e a quantidade de bagagens. Dá para parar na estrada, tirar o bebê da cadeirinha e dar de mamar. Tem espaço para levar diversas mamadeiras, carrinho de passeio, moisés, banheira e até berço. E o melhor: não existe a longa espera dos aeroportos, com check ins, embarques e esteiras de malas.

Mas nem sempre é possível ir de carro próprio e, no nosso caso, evitar avião e hotéis. Então listo aqui o que facilitou a nossa vida e o que poderia ter sido melhor:

1)Caso seja uma viagem internacional, reserve o assento em que há berço disponível. Mesmo que o bebê vá no colo muito tempo (quando há turbulência ou precisa mamar), esses assentos são bem mais espaçosos. Como há poucos, a reserva tem que ser feita com bastante antecedência.

2) Sono: Antes de viajar, é sempre bom checar com o hotel se eles têm berço. Se tiverem, sugiro levar a roupa de cama com o cheirinho de casa. Na primeira viagem a Bahia, a pousada não tinha berço e o menino dormiu entre nós. Não foi nada confortável, ainda mais porque a cama era bem estreita. Compensaria ter ficado em outro lugar.

3) Banho: Ganhamos uma boa banheira de plástico dobrável que quebrou o maior galho quando viajamos de carro. Como é difícil encaixá-la na mala, de avião fica complicado levar. Compramos outra, inflável, em forma de sapinho, que exige fôlego e paciência para encher, mas vale a pena. É fácil de transportar, ocupa pouco espaço e é muito prática. Tem até lugar para encaixar o sabonete. Este é outro item que é bom levar de casa para evitar alergias e cheiros novos.

4)Comida:  João já come papinhas. Por isso, nesta última viagem a Bali, resolvi levar as industrializadas. Comprei alguns sabores da Heinz para bebês entre 4 e 6 meses. Deveria ter experimentado em casa antes de levar porque João só gostou de um sabor. Tivemos que procurar um mercado que vendesse o bendito potinho. Ah, também é importante não resfriar a papinha, porque depois de ir à geladeira, ao ser retirada, tem que ser utilizada logo. Eu deixei tudo na temperatura ambiente. Não precisei esquentar ou esfriar a comida.

5)Mamadeiras e bicos: João só usa mamadeira para água. Levei só duas e trocava a água a cada manhã. Aqui a qualidade da água é um pouco duvidosa, então eu fervia água mineral. Depois, enchia a mamadeira e deixava um pouquinho na geladeira. Para lavar as mamadeiras e bicos, comprei um sabão específico para lavar utensílios de bebês (numa embalagem menor), além de esponja só para esse fim e também usava água mineral nas lavagens. Foram gastas muitas garrafinhas de água. Tudo para diminuir os riscos de uma infecção.

6) Roupas: Levei o dobro do que ele usaria em casa porque, na praia, nunca se sabe. Mar, areia...Enfim, ele não brincou na areia, porque mal senta sozinho, mas entrou várias vezes na piscina do hotel. Senti falta da fralda para nadar. Esqueci de comprar antes e não achei na praia. Resultado: tomou banho de fralda normal que ficava super encharcada! Além da fralda, usamos macacões com manga e pezinhos no avião e para dormir, por causa do ar condicionado (aqui não dá para dispensar). Fora isso, só blusinhas e shorts.

7) Filtro Solar: Muito importante comprar um feito para bebês, que têm a pele mais frágil. Compramos um bloqueador da banana boat, fator 50. Passávamos inclusive na cabeça. Achei a marca boa porque o filtro espalha com facilidade e não é difícil de limpar depois. Em nossa primeira viagem à praia, compramos um que não saía de jeito nenhum. O menino ficou com a cabeça lambuzada de filtro um mês.

8) Itens que usamos muito: chapéu para proteger do sol e canguru. O chapéu era ótimo porque servia também para a hora da soneca, para quebrar a claridade. O canguru, resolvemos usar no lugar do sling e foi a melhor decisão. Braços sempre livres e João super contente olhando o mundo. Parece menos confortável que o sling para dormir, mas esse não foi um problema. O menino dormiu super tranquilinho naquela posição mesmo. Outra boa troca: a bolsa de bebê pela mochila. Carregávamos o canguru com João dentro e a mochila com as coisinhas dele sem ocupar as mãos. Único ponto negativo é que minha mochila não tem divisões internas e a coisas ficavam meio misturadas. Acabei comprando saquinhos plásticos para dividir tudo.

Olha o menino no canguru

Mãos livres

Chapéu para proteger do sol

Infelizmente não inventaram nada para aliviar o peso nas costas dos pais! Eu consegui fugir e visitar uma massagista em Bali. Fiz meia hora de sessão nas costas. Uma beleza.

9 comentários:

  1. Sou extremamente a favor de viagens com crianças, e começando cedo eles acostumam mais fácil. Gabi sempre nos acompanhou, só não fomos ainda de avião, por que de carro e ônibus já está craque.
    Até uns oito meses ela dormia muito na cadeirinha, mas apartir disso foram necessárias distrações. Hoje levamos uma mochilinha com brinquedos, livrinhos e um dvd portátil, o que facilita muito na hora que ela cansa de tudo o que mamãe levou.
    O problema é que, quando paramos pra descansar, ela NUNCA quer voltar pro carro. Mas enfim, não dá pra ser tudo perfeito, né?
    Uma coisa que tivemos que fazedr é dar um dramim b6 umas duas horas antes da viagem, porque a Gabi enjoou. Isso só aconteceu com dois anos, então é sempre uma boa coisa pra cuidar.
    Beijos

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  2. Valeu pelas dicas! Vou anotar tudinho aqui!

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  3. Oiiie! obrigada pela visita e pelo comentario! ;-)
    vc fo a baliiii?? ah que sonhooo!! rsrss...
    é, quanto as dores nas costas do canguru,ou nos braços..ainda n tem remedio melhor que a massagem,heheheehe!!
    To seguindo seu blog,tá??
    Um feliz 2011 p vcs, cheio de amor,paz, viagens, suade e sucesso!!!
    ;-)
    Beijokas!!!

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  4. Amei as dicas! Já levamos Téo a São Paulo duas vezes, uma com 1 mês e outra com 5, mas foram viagens de ida e volta no mesmo dia, só para ele ver a especialista que trata o hemangioma dele. Nas duas vezes, ele amou o avião e não deu trabalho nenhum. Mas agora vamos para Natal e aí vou precisar colocar em prática todas essas suas dicas!
    Bjs e feliz ano novo!

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  5. adorei o post. deu até vontade de viajar! vim agradecer o comentário e acabei devorando vários posts: delícia de natal, delícia de férias, delícia de bebê.
    Feliz 2011!

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  6. Ótimas dicas, Clarinha!

    Ainda não viajei com o Léo, só para a casa da minha mãe, de carro.

    Sobre protetor solar, aqui eu uso o da Mônica, que é ótimo. Se vc não encontrar por aí nada que seja específico para bebês, pode pedir para que alguém de mande daqui. Além disso, tem o repelente também, que pode ser usado a partir dos 6 meses e é excelente, tem cheirinho de bebê e espalha fácil. Uso todos os dias no Léo.

    Grande beijo e um excelente 2011!

    Dani e Leonardo

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  7. Dani, o bloqueador solar fator 50 da banana boat que usamos é feito para bebês e aprovamos. João não se queimou. Eu preferi não usar repelente ainda, porque muitos pediatras recomendam o uso só a partir de 2 anos. Daí, o que faço é passar bastante filtro e isso acaba criando uma barreira para as picadas dos mosquitos também. Funciona!

    Beijos a todas vocês e feliz 2011 pra todas nós!!!

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  8. Boooooommmmmm demais o texto, Clara! Dicas preciosas que absorvo aqui (conflitos que me renderam alguns cabelos brancos na última viagem de carro) são as da esponjinha e sabão para lavar os utenlsílios do bebê (já que não tem como ferver messssmo!) e a do filtro solar (também arranjei um que fica na pele do bebê dias e dias, impregnado! além de sujar tudo!).

    Bj!

    Michelle

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  9. Ah! Realmente esperar filho crescer pra poder viajar é coisa pra quem quer perder a sanidade mental! Além de ser coisa do passado, né? Ainda mais hoje em dia, que a gente nem casa com pessoas do próprio país! Não viajar deixou de ser opção, hehehe

    Aqui em casa EU sou a favor das viagens =) Mas o pai sempre pensa alto coisas do tipo "lá vamos nós viajar com essas crianças...". kkkkk!

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