segunda-feira, 20 de junho de 2011

Blogagem Coletiva: Quem cuida do meu filho (Indonésia)

Lia e João. Eles se entendem!

Quando cheguei aqui, percebi crianças gordinhas e felizes no colo de babás alegres. Corpinhos miúdos e franzinos suportavam o peso de crianças alheias quase sem esforço. Nos shoppings, via muitas famílias com uma babá para cada filho. E os moleques, felizes-contentes.

O costume é deixar os filhos em casa até alcançar idade para ir para escola. Não há creches e são as babás que tomam conta. "Eu que não vou deixar meu filho com uma estranha", prometia.

Depois de quinze dias sem ver uma alminha conhecida a não ser Pedro e João, sem dormir, limpando, cuidando, alimentando, passei a achar que a babá só podia ser uma invenção de Deus. E contratamos a Lia, babá do João.

Comigo, o menino ainda novinho mal dormia. Mas com ela, que o levava para passear na maior desenvoltura dentro do sling, ele dormia feliz. E nem chorava até dormir. Como assim, isso era possível? É bem verdade que, com medo de o menino decretar independência da mãe incompetente, decretei regras claras aqui em casa para que a relação bebê-bebá não crescesse a ponto ameaçador para o índice amor de mãe:

1 - A babá cuida do menino no máximo duas horas seguidas e apenas em caso de a mãe estar sem dormir há mais de cinco horas;

2 - A babá em hipótese alguma pode trocar mais de três fraldas por dia do bebê;

3 - A babá fica proibida de dar banho;

4 - Caso o bebê prefira a babá a um dos pais, estes devem mudar imediatamente de país e levar o menino junto. Sem a babá!

Mas mesmo com as regras claras, o menino insiste em gritar:"Iiiiiiiiiaaaaaaaa", toda vez que quer passear na rua, ou conversar na língua secreta bebê-babá, proibida aos pais.

A moça tem dons persuasivos e encanta bebês variados e pais experientes. Ela sabe fazer papinhas gostosas, canta mansinho e não berra estridentemente como a mãe quando o bebê tenta arrancar um naco do braço dela com os novos dentinhos.

Eu pensei que ela fosse uma espécie de bruxa encantadora de bebês. Mas parece que ela vem de um reino onde as pessoas são assim mesmo: criadas para agradar pequenos seres, brincar com eles e fazê-los adormecer sem medo.

Nessa terra, a maior parte da gente não consegue evitar o sorriso quando um bebê lhe atravessa o caminho e até o mais frio dos homens é capaz de criancices e bobeiras bobas na presença de um menino ou menina. Essa terra é a Indonésia. Graças a Deus.

E no resto do mundo? Como é? Veja aqui.

14 comentários:

  1. Que lindo Clara!
    Acho que já que você pede ajuda a alguém, que seja alguém que ama seu filho, não é? Do amor nunca sai coisa ruim. Eu não contrataria uma hungara, elas tem tendencias a serem pessimistas, o que não combina comigo... Que delícia que é assim aí em Jacarta!
    Beijinhos!

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  2. Clara que sorte deste menininho tigre, né :) Quem dera todas as cuidadoras de bebês fossem assim simpáticas e competente!!!
    Beijo

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  3. Clara que delicia,ter alguem assim p/ nos ajudar neh?!? Ainda mais qd nossos pequenos se sentem bem!!!

    Eu tenho medo de babas, pq qd eu era pequena minha mae nao teve boas experiencias...rsrs...Mas a gente consegue ver se sao boas pelo desenvolvimento dos nossos 'babies'...Bjkas

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  4. Clarinha, depois de ler o seu post me deu mais saudade ainda da minha babá querida do Brasil... Se eu pudesse tinha trazido ela junto comigo...
    Que sorte a sua de poder ter uma pessoa para lhe ajudar, porque a rotina é puxada mesmo!
    Um beijo,
    Livia

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  5. Oi Clarinha,
    Que foto linda...bom demais ter alguem assim por perto para ajudar com as criancas e so o fato de voce contar que o pequeno adora a baba, ja e priceless, como se diz..
    Boa sorte por ai!
    xx

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  6. "Sem dormir, limpando, cuidando, alimentando", hahahahaha! Impossível não se identificar!

    Eu também cedi à uma ajudinha (haja coragem), mas foi bom pra família toda! Eu também dizia "Eu que não vou deixar meu filho com uma estranha" e não só deixei quando precisei, na minha casa e com regras, como telefonei pro Brasil um mês depois e contei pra todo mundo que uma romena ficava com minha filha, só pra ouvir o "ooooohhhhhhh que absurdo!" (hahahaha)!

    Só a gente sabe onde o sapato aperta. O que dá pra delegar, pra quem e quanto pode-se pagar por isso. Os opinantes de fora não fazem nada além de especulação.

    Indonésia é uma lugar fascinante... Legal ter uma mãe brasileira escrevendo pra gente daí!

    É isso mesmo, Clara. Mãe é mãe, com ajuda ou não. Aqui em casa, por mais que de vez em quando eu pague por uma ajudinha extra, o serão nas noites de febre são só meus. E isso eu sei que nunca ninguém vai poder fazer por mim ou pelos meus filhos, independente da moeda, da quantidade paga por ela e independente do país.

    Bjs,

    Michelle Siqueira

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  7. Clara,
    Que maravilha contar com a ajuda de uma babá. Fiquei feliz de saber que você tem alguém que te ajuda e dá muito carinho para seu filho.
    Que saudades que me deu da babá do Brasil do meu primeiro filho. Era simplesmente encantadora!
    Muito bom ter babá, mas a mãe é insubstituível. Pode ter a regra que for... rs
    Beijos e adorei saber como acontece aí na Indonésia.

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  8. Que bom que seu filho gosta da baba, ne? Eh bom quando a gente acha alguem que vem a acrescentar a nossa familia. Aqui no Canada isso nao eh tao comum, ate porque eh muito caro ter baba.

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  9. Fico feliz por vc Clarinha e claro pelo menino tb :)! Sempre quis ter alguem que cuidasse das minhas crias aqui em casa, mas aqui é muuuito caro. Eu com certeza vou pegar uma au pair quando eles ja estiverem um pouco maiores. Eu faço o que posso, mas no fundo acho que lugar de criança é em casa. As babas dos pequenos sempre foram vizinhas (caiu do céu), mas me apertava o coraçao deixa-los. Mas como teu menino, eles gritam os nomes delas so de verem passar na frente de casa, entao alivio :). beijao

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  10. Relaxe! Ele pode até ficar dez dias seguidos no colo da babá, mas vai sempre preferir a mamãe dele!!

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  11. nossa, ela nao é uma baba, é uma fada! =) é tao bom qdo a gente acha alguem que cuida dos nossos filhos com tanto carinho e que eles tambem se sintam seguros e felizes com essa pessoa. ;) vcs tem é muita sorte. bjs!

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  12. Que texto bem escrito, Clarinha! Adorei!

    Por aqui, Léo vai na escolinha, e um dia resolveu chorar para ir embora. Quem quase chorou foi eu.

    Um beijo.

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  13. Cara, teu blog tá profissional demais! Super bem montado. quem me ajuda com o Gustavo é a Zilda, q já trabalha na casa da minha mãe há anos, mas não é babá não. No colo dela ele fica quietinho, comigo só pensa em mamar. Meu deus, o Joao já anda e fala! Dia desses vc morava na republica dos m na asa norte bj

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