quinta-feira, 29 de abril de 2010

Atendimento preferencial

Eu queria entender porque as pessoas não respeitam as filas prefenciais ou exclusivas, reservadas para idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Quando nao se está numa dessas posições, talvez a tendência seja achar que o atendimento preferencial é simplesmente um privilégio. Sinceramente, não sei o que eu pensava sobre isso antes de ficar grávida, ou melhor, se já pensei sobre isso algum dia. Talvez na fila de algum banco, eu tenha ficado com preguiça de esperar os milhões de velhinhos que as familias despejam para pagar as contas. Mas, mesmo assim, nunca tive a cara de pau de me enfiar na frente de um deles e fazê-lo esperar pra que eu resolvesse o meu problema primeiro.

Pois é bem isso que anda acontecendo comigo por aí, especialmente nas filas de supermercado. Sempre tem um espertinho que, ao ver a fila preferencial mais vazia, para seu carrinho lotado em frente à única esteira reservada para gente como eu e nem se abala quando um velho, uma grávida ou um deficiente tem que esperar em pé atrás dele.

Eu, que sou tão briguenta em muitas ocasiões, fico sem ação diante desse comportamento tão mal educado, tão sem consideração com os direitos dos outros, tão egoísta. A minha vontade é xingar, brigar, gritar, espernear, exigir que o atendimento preferencial seja respeitado, afinal. Mas o que acontece durante minha gravidez é que eu fico calada. Eu fico calada!!!

Tentei me analisar pra ver se eu entendo essa postura passiva. Agora eu ando com essa mania. Só descobri que eu fico com uma vergonha monstra quando isso acontece. Uma vergonha alheia, sabe? Vergonha por essas pessoas serem tão mal educadas. Eu não fico com vergonha de brigar pelo meu direito, mas da possibilidade de eu ter de chamar a atenção de um adulto aparentemente normal para que respeite os outros.

Minha psicóloga já me disse: "Vc não pode educar o mundo". Mas bem que tem gente precisando de ser educado, não? De toda forma, vou me segurar e, no lugar de dar um puxão de orelha ou um sermão, eu resolvi que, da próxima vez, vou sim exercitar a minha cara de pau e passar na frente dessa gente. Porque, sério, o atendimento preferencial não é apenas um privilégio, mas necessário.

Eu vivo falando que sou uma grávida tranquila e em forma, mas toda vez que subo alguns lances de escada, preciso de alguns minutinhos para recuperar o fôlego. Quando fico muito tempo na mesma posição (de pé, por exemplo), a barriga começa a pesar 50 vezes mais que o normal e o corpo pede arrego. Imagina alguém mais velho ou um deficiente? O negócio é se colocar no lugar do outro.

3 comentários:

  1. Meu bem, atendimento preferencial eh diferente de exclusivo. Se o caixa
    esta livre, qq pessoa pode usar. Eu mesmo ja briguei com uma senhora por estar usando o caixa preferencial: quando entrei no caixa, nao tinha ninguem
    e fui. Depois ela chegou. Ok? Pense nisso para nao se estressar a toa e ao Joao tbm... Beijo

    ResponderExcluir
  2. Claro, eu concordo. Eu to falando no caso específico de gente que se aproveita pq esses caixas podem estar mais vazios e deixam grávidas, velhos e deficientes esperando na fila, atrás deles. Afinal, se o atendimento é preferencial, a preferência é de gestantes, idosos e pessoas com deficiência.

    ResponderExcluir
  3. pois aqui na Alemanha nao tem preferencia pra ninguém, nem grávida e nem nada! bizarro!

    ResponderExcluir

Comente aqui!