Dois meses

Todo mundo me pergunta como estou me sentindo como mãe. Posso dizer, com certeza, que, a partir do dia 14 de julho, quando João completou um mês, tudo está mais tranquilo. O primeiro mês é muito punk. Tudo é novidade para os pais e para o bebê. Ninguém nunca demandou tanto de mim, em tempo integral, e isso é assustador. No segundo mês, o bebê começa a interagir com os pais, a se acostumar com o mundo e com as pessoas e a gente passa a entender melhor o rebento.

Hoje, João completou dois meses e está tudo bem. Peso e tamanho ok, segundo o pediatra. Ele ainda não engordou o suficiente pra alcançar a curva dos bebês grandões, mas ganhou bastante peso e está quase lá.  Ele está pesando 5.785kg. Quanto ao tamanho, já está lá: tem 62cm!

Muito esforço foi feito para ele engordar e crescer assim, pelo menos da minha parte. Chorou, dá-lhe peito. Isso, no meu caso, significa toda hora mesmo. O pediatra disse para tentar espaçar mais as mamadas, mas é difícil, porque João realmente mama muito. Ele se cansa de tanto mamar. Eu me canso. Daí ele tira uma hora de intervalo ou menos(!!) e já quer mamar bastante de novo. O que fazer? Deixá-lo se esguelando de fome até passar mais tempo ou dar leite artificial? Por enquanto, tenho conseguido dar o peito.

No caso do Pedro, ele também cresceu bastante como pai e participa muito de todo o processo de criação do João. Adora conversar com o filho, brincar, estimular. Além disso, algumas tarefas estão com ele, como num acordo tácito entre nós, como passear e dar banho. É bom, porque eu passo muuuito tempo com ele no colo, amamentando. E pai tem que ser pai em todos os momentos, eu acho. Esse negócio de "eu não troco fralda"é coisa de gente velha, machista e, sobretudo, bem egoísta. Mas esse é um assunto pra outra postagem.

Mito: quanto maior o bebê, ele mamará com mais eficiência ou quanto mais ele mamar, mais leite vai produzir. Para mim, não é bem assim, não. João está crescendo e engordando graças a mamadas cada vez mais frequentes e, algumas vezes, complementadas com leite artificial. Novamente, pergunto. Fazer o que, caso o leite dos dois seios acabe e o menino ainda quiser comer? E já respondo: dê mamadeira. O importante é o menino comer.

E uma última palavrinha sobre rotina. No início eu fiquei muito preocupada em implementar uma, pra ter mais tranquilidade no dia a dia. Não consegui. Quando o João chorava, não entendia que podia ser fome depois de ele ter mamado um tempão. Agora, que ele mama o tempo todo, dorme bem melhor e, vejam só, estamos quase vivendo uma rotina, com hora de acordar e dormir mais ou menos igual todo dia, banho de sol, passeio e banho de banheira, idem.

São ganhos pequenininhos a cada dia, mas ainda teremos muito pela frente, especialmente porque tudo vai virar de cabeça para baixo, quando avançarmos dez horas no tempo, ao nos mudarmos para Jacarta. A data já está marcada: dia 25 de setembro!