Viagem de barco

Estava devendo essa postagem. Viajamos há duas semanas para uma ilhota pertinho de Jacarta, chamada Sepa. Nosso trajeto, de barco, foi bem diferente do que eu esperava. E acho que depois dessa a gente vai demorar um pouco mais pra enfrentar águas indonésias!

Tudo começou com a indicação de um conhecido do Pedro para irmos a uma ilha sossegada com mar calmo e cristalino. Ótima opção para levar sogra e bebê! Embarcamos. O barco, eu pensava que seria uma espécie de ferryboat ou catamarã. Na verdade, era um speed boat conduzido por um motorista nervoso!

O barquinho parecia brinquedo de criança em meio a ondas gigantes. Rodopiava, ia lá em cima, batia o casco no mar de novo e repetia esse movimento incessantemente em alta velocidade durante duas horas. Tenso. Não dava pra pedir pra descer. Eu prendia o menino com toda força ao meu colo. Ele nem aí, dormia, ninado pelo balanço frenético do barquinho no mar.

Chegamos lá, nada de internet ou chuveiro quente. A água que saía da pia era salgada e a tevê só passava filmes antigos falados em indonésio. A comida era buffet e insuportavelmente gordurosa e fria. Passamos dois dias a chocolate e coca cola.

Mas o menino comeu dos potinhos levados de Jacarta e tomou banho morno com água esquentada numa espécie de chaleira elétrica, que sem chá quente, por mais calor que faça, os indonésios não passam. Tinha uma dessas em cada chalé. Ainda bem pra ele.

Pra compensar a falta de wi-fi ou mesmo da velha internet a cabo (comum por aqui), além de um pouco mais de conforto, a vista era muito bonita mesmo, o mar morninho e as areias claras e convidativas. Nossos chalés ainda ficavam na melhor área da ilhota, com espreguiçadeiras viradas pro oceano no nosso quintal.

Jogamos conversa fora, andamos à tôa, nadamos até cansar e o menino tirou um longo cochilo ao lado dos pais. O colchão mole demais não atrapalhou em nada.