sábado, 27 de agosto de 2011

O que você aprendeu hoje?

Lembra das leis de Newton? Da fórmula de Baskara? Das regras de colocação pronominal, dos nomes dos rios brasileiros, de pra que serve a regra de três composta? Se você é uma mãe em tempo integral (a-ha, eu tenho uma desculpa), então é do meu clube, colega, e não sabe nadinha. E se for um dessas cabeçudas que sabe tudo isso e mais um pouco, não ouse contar para outra mãe de menino encapetado ou correrá o risco de ser eternamente invejada odiada.

Pois, colega, eu, além de não saber nada disso e mais centenas de outras coisas que um dia eu soube, ainda me dou um jeito nas costas e passo os dois últimos dias entrevada. Será a velhice anunciando sua proximidade? Porque, sejamos francas, ainda não estou descendo ladeira, mas o cume da minha estrada está bem perto. Depois disso, já sabem, né?

Então que tudo isso não para de me vir à cabeça toda vez que meu filhote aprende alguma novidade. Mas, meu Deus, é toda hora! O menino, se estivesse à venda, seria um produto Apple e eu, uma versão antiga e bem atrasada de algum concorrente mal sucedido.

A cada dia, são palavras novas. Perceba o plural, colega. Palavras, gestos, maneiras de se comunicar que vão surgindo sei lá de onde e que impressionam e arrancam muitas palmas da mãe completamente estupefata com a capacidade humana de aprender. Sim, isso existe e eu tinha me esquecido dela!

Veja bem, o menino agora diz oi e hi ao mesmo tempo. Esse ser de 14 meses já percebeu que as duas palavras servem para a mesma coisa e solta logo as duas no cumprimento cotidiano. Vai saber se a pessoa ali do lado fala inglês ou português, não é mesmo?

Ouve música e dança, diz bye bye quando alguém anuncia que vai embora, conheçe letras e é fanático por números. A criança vê o computador e chama pelo pai com quem conversa ultimamente pelo skype. É muito aprendizado para uma pessoinha desse tamanho.

Desde que nasceu, eu o pai percebemos cada aprendizado e comparamos com o nossa própria capacidade. Ficamos perplexos ao entender que em um ano, o menino, que nem sabia rir ou pegar qualquer coisa, hoje se comunica sem problemas por aí, anda, come, segura a mamadeira (quando lhe convém).

Diante de toda essa evolução, fiquei quase triste em pensar que eu um dia fui assim. Quase. É que percebi que dá pra aprender tudo de novo. De um jeito bem mais divertido.

A, e, i, o, uuuuu!

"Mãe, espera aí que falta escovar os dentes".

4 comentários:

  1. Clarinha, Clarinha... to contigo e nao abro, sou cabeçuda mas vivo numa luta constante pra conseguir agregar as novidades sem deletar os arquivos antigos da memória, tá DIFICIL DEMAIS, outro dia mesmo uma amiga postou umas fotos em que eu estava, eu lembrava VAGAMENTE do lugar, mas não sei como fui, com quem fui, porque fui hahahha, há quem diga que é efeito retardado do alcool, mas eu duvido, isso pra mim é efeito FILHO!

    Pokbunny tá com 13 meses e não tem quem segure, ontem postei um video dele SUBINDO numa escada, dessas de pedreiro, ele subiu de primeira, rápidinho e tudo as gargalhadas.

    Skype é o velho amigo desde seis meses, aliás, meu filho aprendeu engatinhar com quatro meses pra poder "pegar" o computador.

    Quer tomar banho sozinho, quer comer sozinho (finger food é com ele mesmo), levou uns dois meses ensaiando os passinhos e aos onze quando começou a andar, CORREU e sem MEDO, ele sai correndo e sequer olha pra trás, isso nos espanta de um tanto.

    Bom, é tanta coisa que isso viraria um post, não um comentário, só quero mesmo dizer que eu não se agradeço por ter um filho esperto assim ou se CHORO de desespero, porque se tá assim com 13 meses, oque vai ser de mim quando tiver com 3 anos? hahah

    Beiiiijocas e especiais pro Menino Tigre, que se morasse perto seria o melhor amiga de traquinagem do Menino Pokbunny e as mães poderiam se desesperar jUNTAS!

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  2. É, esses pequenos são muito sabidos!
    Nem dá pra acreditar que pessoinhas daquele tamanico sabem tanto! Temos muito a aprender!

    Beijos,

    Rapha, mãe da Alice

    Maternar Consciente

    Filhote de Humano

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  3. Maria Clara, não há dúvidas de que a gravidez queima uns neurônios da gente. Mas talvez nem tantos assim, porque daqui a alguns anos, a gente vai ter que ensinar a esses pequerruchos a Fórmula de Báskara - ou então, são eles que vão nos ensinar e a gente só vai lembrar que um dia já soube o que era aquilo. OK, a gente desaprende um monte de coisas, mas também desenvolve outras habilidades, a de ser paciente até o último segundo porque afinal de contas quem tem de ter uma atitude adulta nessa relação mãe-filho ainda somos nós. Sim, eles sabem muito mais coisa do que a gente imaginava e aprendem tão mais rápido do que a gente um dia sequer pensou. E ainda bem! Cabe a nós, estimular, torcer, babar, admirar, se orgulhar. Outro dia a Ana Maisha, quase pegando no sono, levantou a dúvida: "Vovó, a mamãe sente orgulho de mim?" Fonte inesgotável de orgulho, eu disse a ela. E acho que daqui a uma semana ela vai entender o sentido da palavra inesgotável, do jeito que é. É bom demais conviver com esses pequenos. Estamos desenvolvendo outras habilidades - eu espero. Mas voltar a estudar também tem sido bom, para dar a impressão de que o cérebro não congelou no tempo e não ficou na tecnologia ultrapassada. E vamos juntos, na descoberta das palavras, das letrinhas, esse trem da aprendizagem é bom demais! E não vamos esquecer que também existe educação sentimental, que é ainda mais difícil. E essa sim, quando é que a gente aprende a ser humano de verdade? O João está uma fofura! E vamos nos encontrar novamente antes de vocês atravessarem o mundo!

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  4. Hi e Oi!!!?????? #morri


    Ótima sacada da capacidade humana de aprender! Não devíamos parar nunca, não é?

    Beijo

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