quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um pediatra para chamar de meu

Eu era uma daquelas pessoas que queria sair para explorar o mundo. Comer um monte de gafanhotos por aí. Falar bahasa indonésio, visitar templos, saber das histórias de muitas pessoas estranhas. Agora eu quero um bom pediatra.

Sou mãe, minha gente. Uma das mais neuróticas. Fiquei sabendo de um caso de gripe aviária. Dois. Uma garotinha morreu no norte da cidade. Jacarta é enorme e o norte é longe. Mas, mesmo assim. Olho para cada criatura como um potencial transmissor e pegar táxi virou negócio perigoso no meu mundo.

A hepatite A também anda à espreita e toda a água suja não ajuda. Só a vacina ajuda. Só a vacina original, ok? Nada de falsificações que nem são baratas, afinal. Mas o menino precisa curar-se dessa maldita gripe. E dessa tosse seca para ser vacinado.

Saber o que ele tem a cada nova gripe vira uma odisséia. Visitas e mais visitas a pediatras. Diagnósticos e remédios mil. O último médico pareceu saber um pouco de cada coisa. Um generalista alemão de meia idade. Atende na Embaixada Alemã. Indicação de uma mãe da escolinha. Gostei.

Não tinha aprovado a experiência com a pediatra, na mesma clínica alemã há uns meses atrás, depois de ter esperado a manhã toda e ser atendida em cinco minutos corridos. Foi tanta informação em pouquíssimo tempo que eu nem consegui decorar o nome dos remédios em bahasa que ela me indicou sem prescrever nada em receita.

Já o generalista atendeu com calma o menino depois de quase nada de sala de espera. Os especialistas são sempre os mais procurados. E ainda saímos de lá com remédios alemães. "Todos autênticos", garantiu o doutor.

Uma semana depois e o menino está melhor, mas a tosse persiste. Pelo menos, ele já voltou à rotina normal. Até come qualquer coisa. E já se acostumou aos remédios. Hoje, atacou o chá gelado da mãe.

6 comentários:

  1. Um bom pediatra é o sonho de toda mãe. Também estou à procura por aqui. Quando digo que ser mãe E expatriada é um longo aprendizado...
    Beijos e boa sorte (e melhoras para ele)

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  2. Nossa, que loucura... Acho que toda mãe se sentiria assim... espero que ele logo logo ele esteja vacinado, com tudo em dia!!!
    beijoooos

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  3. Que difícil. Eu acho que sou mais neurótica que você porque se fosse comigo eu já estaria pensando na possibilidade de voltar ao meu país. melhoras ao guri. bjo grande e força.

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  4. Se já é angustiante uma doencinha aqui, no nosso país, com uma sorte de médicos por todos os lados, imagina num país estranho com costumes completamente diferentes dos nossos?

    Falsificação de remédio é punk, né? Morro de medo.

    Que bom que ele está melhor. E que fique 100% loguinho.

    Beijo

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  5. Ahhh que dó!! Te entendo perfeitamente!
    Bom, você sabe, ingerir líquido é muito importante e ele vai ficar bem, tenha certeza!!
    Estarei torcendo daqui! Beijinho nos dois, Juliana

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  6. Que loucura!!

    Como ele está mocinho!!

    Sobre o desfralde, no início deve-se levar de 10 em 10 minutos no banheiro, o que é irritante para todos. Depois, gradualmente passa-se para meia hora!

    Aqui, os incentivos foram o bidê da casa do avô, a grama do outro vô, o ralo do banheiro e assim ele aprendeu (pelo que parece) a avisar e agora tem feito no vaso sanitário, de pé, com os pezinhos na louça!

    Um beijo

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